terça-feira, 29 de maio de 2012

Refrescando a Memória!

É muito interessante como os seres humanos se repetem no decorrer da história, pois desde que comecei a compreender a linguagem dos homens, vejo sempre o humano criticando o humano, o brasileiro criticando o brasileiro, e se esquecem ou não notam que também são humanos e no caso do Brasil, brasileiros.

Crescem, portanto com estas atitudes falsas para consigo mesmos, e com o passar dos anos repetem os mesmo erros que outrora criticavam, criticam quando vêem a imagem de um ser humano maltratando outro ou agindo com desprezo, mas em semáforos se fecham em copas com medo que a criança, o velho ou o pedinte venham a lhe fazer mal e com isto deixam de fazer o bem que lhes cabe. Andam apressados nas calçadas e não notam ou não querem ver outro Ser caído, preferindo sempre acreditar que estão ali por estarem bêbados ou drogados, e nem por um breve instante pensam em se abaixar e realmente saber ao menos se aquele Ser esta vivo ou não.

Vão para seus trabalhos, ganham dinheiro com sua astúcia e perspicácia, percorrem as políticas de cargos e salários, são promovidos e alguns chegam ao topo, neste momento já com uma idade acima do que se é considerado no Brasil como idade produtiva, ou mesmo gerações “x; y; z; w” ou seja lá como forem as rotulações as novas classes. E é exatamente neste ponto que muitos, por não terem tido a sorte ou preparo ideais para se lidar com as finanças e talvez com seus empreendimentos, que muitos, já na idade de se aposentarem, voltam ao mercado procurando por uma oportunidade ou reconhecimento.

Contudo, durante todo o percurso que tiveram anteriormente em suas escaladas, sempre desprezaram os seniores, defendendo do modo mais fútil e volátil, o porquê de se contratarem apenas profissionais mais jovens. Não quiseram se atualizar para saber como os países realmente desenvolvidos, como a Suíça, se utilizam de modo sábio e eficaz, da mão de obra mais experiente, e tão pouco souberam cobrar de seus prestadores de serviços, Headhunters ou Recursos Humanos, uma posição mais profissional quanto aos “Perfis” que pretendiam.

Deixaram-se levar pelas ondas inóquoas de uma mercado perdido e ilusórios, chegando mesmo a contratar uma mão de obra do exterior, com o falso conceito que estes estariam mais preparados que os profissionais nativos, mas não enxergaram que estes “importados” não tinham a menor idéia de quem era o público alvo de nosso país, seus hábitos ou costumes, e com isso amargaram mais alguns anos de prejuízo cumulativo, prejudicando e desprezando ainda mais uma mão de obra experiente, atualizada e eficaz que tinham em nosso país.

Alguns destes seniores ainda hoje atuam em inúmeras indústrias, comércios e mídias, porem a cegueira coletiva permanece, e ainda têm o desplante de colocarem através das mídias, que há um apagão de mão de obra, querendo depois dos fracassos colocar sempre a culpa em alguém ou em algum órgão ou Santo. Sabendo sempre criticar a tudo e a todos, mas não têm a coragem de fazer sua autocrítica e assim poderem efetivamente crescer de modo eficaz e coletivamente se fazerem notar no mundo globalizado.

quinta-feira, 8 de março de 2012

MULHER

Uma mulher (do latim mulier) é um ser humano adulto do sexo feminino. Na infância, normalmente é denominada em português como menina e na adolescência como moça ou rapariga. O termo mulher é usado para indicar tanto distinções sexuais biológicas quanto distinções nos papéis sócio-culturais.( Wikipédia)

O gênero feminino é representado pelo símbolo de Vénus, remete à deusa Vénus, deusa do amor e da beleza na mitologia romana, equivalente à Afrodite na mitologia grega. É uma representação simbólica do espelho na mão da deusa Vénus ou um símbolo abstrato para esta deusa: um círculo com uma pequena cruz equilateral embaixo (Unicode: ♀). O símbolo de Vénus também representa a feminilidade e na antiga alquimia representava o Cobre. Os alquimistas compunham o símbolo com um círculo, representativo do espírito sobre uma cruz equilateral, que representa a matéria.( Wikipédia)

Mas este tipo de fêmea não se resume apenas em um ser biologicamente diferente do macho homem, pois assim como o universo, este ser trás consigo inúmeros mistérios que, por mais que tentemos descobrir, verbalizar ou investigar, estão sempre guardados e em plena mutação. São segredos talvez oriundos da divina criação, que as fazem especiais, por terem o poder de gerar vidas e saber instintivamente como cuidá-las, por terem uma inigualável força e simultaneamente serem tão frágeis e dóceis, ou talvez por serem rosas e espinhos, belas e feras ao protegerem sua prole.

Esta data, 8 de março, assim como muitas outras, foram criadas com diversos propósitos, o que não invalida ser uma data especial, que faz com que todos reflitam conjuntamente sobre este enigmático, doce e forte ser, chamado Mulher. Rendendo homenagens, postando mensagens, dando uma flor ou simplesmente olhando com a merecida atenção, aquela que sempre esteve presente na história do homem, na história e evolução de nosso planeta, representando força, carinho, atitude, charme, garra, delicadeza e amor. Parabéns doces e bravas Mulheres.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tempos Eficazes

Sou de um tempo onde não era necessário se fazer muitos cursos ou treinamentos para se reaprender a sentar, falar e se comunicar com artimanhas que pudessem convencer um profissional responsável pelo recrutamento a te aceitar para uma vaga de trabalho.

Nesse tempo, não era imprescindível se falar outro idioma, pois o foco era o de se obter resultados efetivos e com isto as empresas não se importavam muito em contratar um tradutor e interprete para que pudesse assessorar o profissional em qualquer momento que assim o exigisse. Assim inúmeras empresas cresceram e frutificaram, com significativos resultados até os nossos dias, sem que houvesse a necessidade de se exigir o idioma inglês ou quaisquer outros, mesmo que não sirva a nenhuma propósito, apenas para estar na “moda” das exigências. E mesmo hoje, um profissional atualizado com os meios tecnológicos, terá o bastante para desenvolver a atingir seus objetivos, sem que tenha a obrigatoriedade do fluente domínio.

Também não havia tantas burocracias e incontáveis etapas para se contratar um ótimo profissional, pois naqueles tempos, normalmente quem realizava as entrevistas eram profissionais com vasta e comprovada experiência em suas áreas, então sentávamos em sua frente e tínhamos um diálogo verdadeiramente eficaz, onde o engenheiro, diretor de arte, gerente de marketing e até mesmo os próprios donos e gestores das empresas conseguiam em poucos minutos detectar o potencial ou não do candidato. E como noto, isto ainda é feito nos E.U.A e na Europa, mas eles não são tão modernos como nós.

Um tempo onde pessoas com talentos incontestáveis, entraram sem grande pretensão em uma “Rádio Nacional” e foram de imediato reconhecidos por seus talentos, como Chico Anísio, Silvio Santos, Manoel da Nóbrega e inúmeros outros que até hoje fazem a diferença. Bem como outra gama de profissionais em arquitetura (Lúcio Costa; Le Corbusier; Minoru Yamasaki; Oscar Niemeyer), engenharia (Eliezer Batista; Miriam Belchior; Expedito José de Sá Parente), designer (Fernando e Humberto Campana; Hans Donner), publicitários (Alexandre Periscinoto; Ana Lúcia Serra; Francesc Petit Reig), os quais iniciaram suas brilhantes carreiras com pequenos trabalhos nas agências e empresas de comunicação, tendo sido contratados por profissionais que realmente eram capazes de perceber o diamante que tinham em sua frente.

Me remeto a uma época onde a corrupção nos diversos departamentos de uma empresa e a quantidade de inaptos responsáveis pela seleção era muito reduzida, onde muito raramente ou nunca, pelo que recordo, se ouvia dizer que um profissional fora selecionado por seu currículo, seus diplomas e sua respectiva experiência, através de modernos testes de análises psicotécnicos, e tantos outros “psicos”, e depois de algum tempo, constata-se que era tudo falso, um engodo que já causou e ainda causa muitos prejuízos as organizações.

Falo também de uma época, não muito distante, onde foram criadas muitas empresas de sucesso por homens e profissionais acima dos 50 anos (Roberto Marinho), empresas estas que hoje disponibilizam milhares de vagas, até mesmo para aqueles que não reconhecem o potencial de um profissional acima dos 50 e ao se emaranharem tanto em suas teias burocráticas e sem nexo, acabam por ajudar a implodir gloriosas organizações que teriam ainda sem dúvida, muitas décadas de crescimento e produtividade, abrindo um enorme leque a milhares de profissionais que, em função desta incompetência global, terminam esquecidos e desprezados por uma sociedade onde os formadores de opinião também fecham os olhos a esta realidade.

Formadores estes que em sua grande maioria estão também acima dos 50 anos de vida, e que infelizmente só conseguem enxergar os profissionais de nosso país, dentro de uma pequena panela e com um foco totalmente distorcido, pois nosso potencial não esta restrito apenas a cantores, artistas de radio, televisão, teatro ou literatura, futebol e samba, mas de um universo muito mais atuante também em tudo aquilo que efetivamente move e destaca um país no cenário internacional, competências estas que são expostas ao grande público somente quando são de algum modo, interessantes ao jornalismo e reportagens, pois caso contrário, pouco ou nenhum reconhecimento se dá a estes nossos profissionais que realmente fazem de nosso país, uma inesgotável fonte de talentos, com a perseverança e coragem para continuar, mesmo que incógnitos, a lutar por um país mais sério, forte e menos egoísta, enfim digno do 1º mundo.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Bullyng ao Desempregado

Bully, que é uma palavra de origem inglesa que significa “valentão”. Bully, assim, correlaciona-se com valentia, força, superioridade, constrangimento, ameaça, agressão. É o desejo deliberado de maltratar uma outra pessoa e de colocá-la sob tensão (Cléo Fante).

O fenômeno bullying , como pondera Lélio Braga Calhau, [muitas vezes] “estimula a delinqüência e induz a outras formas de violência explícita, produzindo, em larga escala, cidadãos estressados, deprimidos, com baixa auto-estima, capacidade de auto-aceitação e resistência à frustração, reduzida capacidade de auto-afirmação e de auto-expressão, além de propiciar o desenvolvimento de sintomatologias de estresse, de doenças psicossomáticas, de transtornos mentais e de psicopatologias graves”. (Trecho do texto de Luiz Flávio Gomes no site: Universo Jurídico).

Contudo este fenômeno não ocorre apenas entre crianças e adolescentes, mas também na faixa adulta, seja na relação de um casal e seus filhos, onde a mulher por vezes ainda é tratada como mera “doméstica” e vista como uma serva que tem somente o papel de servir e atender aos seus maridos e filhos, como também na relação entre desempregados versos recrutadores e head hunters.

Isto já ocorre com freqüência em nosso país há pelo menos meio século ou mais, pois um desempregado, e principalmente aqueles com mais de 40 anos, é visto e tratado de modo humilhante por aqueles que se dizem capacitados a lidar e compreender o universo humano. E não só nesta faixa etária como em vários outros momentos, senão vejamos:

Quando muito jovem e ainda inexperiente, a pessoa ouve repetidas vezes: Você esta aquém do perfil que precisamos, ou: Você não tem o preparo para a função para o perfil da vaga, e ainda: Você pode vir a trabalhar conosco, mas por um certo tempo de experiência, onde findado este período, simplesmente os despedem sem o mínimo argumento convincente, um exemplo disto e a alta rotatividade nas empresas de telemarketing, e quem também perde com isto são as empresas e seus respectivos consumidores, empresas estas que disponibilizam através destes serviços um péssimo atendimento, com um pessoal sempre mal preparado e inseguro.

E depois de muitos anos de luta e uma considerável bagagem, temos que ouvir: Você esta além do que necessitamos; Você esta fora da faixa etária do perfil da contratante, e com estas e diversas outras frases vazias nos prometem: Vamos ficar com seu currículo e surgindo alguma oportunidade que se encaixe com seu perfil, nós entraremos em contato. Sabem quantas destas empresas cumprem isto? Em minha longa carreira, nenhuma!

Assim, após algumas semanas, meses e anos, o profissional perde seu padrão, passa a dever, priorizando entre o alimento e as contas a pagar, tem seu nome incluso nas empresas de proteção ao crédito, começa a procurar empregos bem inferiores aqueles para os quais é capacitado e aceita qualquer quantia para poder alimentar sua família e por vezes ainda, também não consegue.

Então é classificado como um sub-profissional que por ter o nome sujo ou por estar um longo período sem emprego deve conseqüentemente, segundo uma ótica distorcida destes recrutadores, ser uma pessoa que não tem a preocupação em se atualizar fazendo cursos e mais cursos. Mas como fazer cursos, quando este individuo já esta no fundo do poço, com dívidas que se acumulam, com a discórdia na família causada pelo desconforto desta precária situação.

Sim, esta forma de “Bullyng” é uma das mais cruéis de nossa sociedade, provocando por vezes, separações, desintegrando famílias, criando seres ruins, desmotivados e descrentes em nossa sociedade, os quais, independente da classe social, entram para o crime, se tornam alcoólatras e conseqüentemente todos perdem com isto, tanto as empresas, que deixam de contar com excelentes profissionais jogados no lixo por estes “especialistas em recrutamento”, como todos nós, pois estas pessoas deterioradas irão aumentar os custos nos serviços públicos de saúde, segurança e tantos outros, onde ao final seremos nós mesmos a arcar com estes tributos.